SINFONIAS

Se os ventos tivessem voz

Contariam-nos muitos segredos.

Silentes, escutam todos nós

E seu sopro parece aliviar medos.

Deveríamos ser como vento

Que no silêncio escuta tudo

Mas seu doce e suave alento

É resposta ao que se aparenta mudo.

Mas somos como tempestade

Que, em seu alarde, parece absurdo

E às nossas vozes se faz surdo.

E não entendemos nossos tormentos

E não entendemos os doces ventos

Nem entendemos os suaves alentos.

Wallace Sousa
Enviado por Wallace Sousa em 11/02/2010
Código do texto: T2080691
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