SINFONIAS
Se os ventos tivessem voz
Contariam-nos muitos segredos.
Silentes, escutam todos nós
E seu sopro parece aliviar medos.
Deveríamos ser como vento
Que no silêncio escuta tudo
Mas seu doce e suave alento
É resposta ao que se aparenta mudo.
Mas somos como tempestade
Que, em seu alarde, parece absurdo
E às nossas vozes se faz surdo.
E não entendemos nossos tormentos
E não entendemos os doces ventos
Nem entendemos os suaves alentos.