INSTANTE

Nesse instante cheio de mim

Sinto passar as horas e o fio

Do tempo que corre sem fim

Se prendê-lo, perco o brio

Janelas se abrem em pares

E deixam minhas páginas passar

Iluminadas por raios crepusculares

Que vêm da noite as resgatar

Eis a redenção do meu presente

É o mistério tempo-noite-dia

Não se explica, nem se vê, se sente

De onde vem tal sabedoria

Que a tudo esmaga de repente?

Sem ela, o que nos restaria?

Obs. Não sei fazer soneto metrificado. É apenas uma tentativa inocente. Agradeço pela condescendência.

Neuminha
Enviado por Neuminha em 10/02/2010
Reeditado em 19/09/2018
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