INSTANTE
Nesse instante cheio de mim
Sinto passar as horas e o fio
Do tempo que corre sem fim
Se prendê-lo, perco o brio
Janelas se abrem em pares
E deixam minhas páginas passar
Iluminadas por raios crepusculares
Que vêm da noite as resgatar
Eis a redenção do meu presente
É o mistério tempo-noite-dia
Não se explica, nem se vê, se sente
De onde vem tal sabedoria
Que a tudo esmaga de repente?
Sem ela, o que nos restaria?
Obs. Não sei fazer soneto metrificado. É apenas uma tentativa inocente. Agradeço pela condescendência.