O Vento

A sede do amor desceu sobre os amantes.

Um tentou tentou... tentou não como antes.

A distancia dos corpos os castigou.

Um esperou esperou... esperou e chorou.

São delírios, são lírios. São adoçantes

Coisas assim (que o tempo lev’adiante).

A maresia! Soprou areia. Ou a renovou.

Não sei. Sei que não é a mesma, aquela voou.

Vão s’enchendo de quadros a parede.

Legendam. Vão matando minha sede.

Já a distancia dói dói... dói e me conformo.

Olha o vento de novo, com novas areias.

Com delírios com lírios, novas sereias.

Éh! O tempo vai, não vem. E eu me reformo.