FALSO GÓTICO (ruínas)
Serve-se do grito, a dor que me agarra,
Serve-me o destino, esta sina em garra
Que me tolhe o gesto da brisa que beijo
No esperar da pele que entre-cílios vejo...
Sirvo-me em pedaços ao algoz do Tempo
Sirvo-me da fé que colho no templo
Jacente em ruínas que escolhi por fado...
...E não sei se é gótico o portal tombado...
Sei que verto ainda do peito dorido
Gotas que são sangue salgado e mantido
Em vasos de esperança que ao alto ergo...
...E que afasto de mim, num gesto em repulsa-
-Que espero ainda, se me deforma a culpa
De só ver punhais nos olhares que enxergo?!...
Serve-se do grito, a dor que me agarra,
Serve-me o destino, esta sina em garra
Que me tolhe o gesto da brisa que beijo
No esperar da pele que entre-cílios vejo...
Sirvo-me em pedaços ao algoz do Tempo
Sirvo-me da fé que colho no templo
Jacente em ruínas que escolhi por fado...
...E não sei se é gótico o portal tombado...
Sei que verto ainda do peito dorido
Gotas que são sangue salgado e mantido
Em vasos de esperança que ao alto ergo...
...E que afasto de mim, num gesto em repulsa-
-Que espero ainda, se me deforma a culpa
De só ver punhais nos olhares que enxergo?!...