ALMAS UNIDAS [CLXXVI]

Canto para ninar-te em meus enleios;

sem isto, pois, já nem canções eu faço;

e, dantes, meus estorvos de devasso

eram toques à lira dos teus seios.

Hoje, que tão te mimo, por compasso,

tens sons, acordes, cá, nos meus anseios;

no corpo e n’alma, dou-te mil passeios

– meu dó-ré-mi faz rima em teu regaço.

Canto para ninar-te, e tão-somente,

pois, nos saraus, agora e doravante,

seremos nós, os dois, um só amante.

Almas unidas, num só corpo e mente,

constantes, sempre, como a noite ao dia,

num mar de amores, paz e fantasia.

Fort., 07/02/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 07/02/2010
Código do texto: T2073931
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.