O SONETO QUE NÃO FOI ESCRITO
Eu sou um sonho que provém do nada,
se nada espero aos sonhos existidos,
nascidos tortos, sem quaisquer sentidos,
lidos folhetos que larguei na estrada.
Sou um sonho em seara abandonada
onde plantei desejos desvalidos,
desejos que sequer foram vividos
no pouco de uma vida desejada.
Eu sou do verso o verbo que persiste
em crer no amor, em vê-lo não finito
e num soneto acreditar que existe
Mas quando tento ser, desacredito.
Do poeta, que canta por ser triste,
sou o soneto que não foi escrito.
Odir, de passagem
Eu sou um sonho que provém do nada,
se nada espero aos sonhos existidos,
nascidos tortos, sem quaisquer sentidos,
lidos folhetos que larguei na estrada.
Sou um sonho em seara abandonada
onde plantei desejos desvalidos,
desejos que sequer foram vividos
no pouco de uma vida desejada.
Eu sou do verso o verbo que persiste
em crer no amor, em vê-lo não finito
e num soneto acreditar que existe
Mas quando tento ser, desacredito.
Do poeta, que canta por ser triste,
sou o soneto que não foi escrito.
Odir, de passagem