Fantasmas
O poeta existe para a sua poesia:
a ela, se torce, retorce, dá sua seiva.
Se, a outrem, apresentar-se eiva,
uma nova entrega. Relê, revê, espia...
Na memória, com ela toda pronta;
no papel, extenua, entra em crise,
feita, às outras, lhe parece reprise,
mistura-se a fantasmas, faz afronta.
Ao declamá-la, recebe os palpites...
__ rima para carmim, não seria jasmim?
__ rimas com ar, espero que evites...
Ele não liga. Segue o ar perfumado,
aos vampiros, está bem acostumado.
Responde sóbrio: __ escrevo para mim...
Oswaldo Genofre
Inspirado no seguinte texto de Marlene Vieira Perez:
“O poeta ama a poesia, um fantasma que desce, dá a seiva e sobe e você sorve suga se extenua entra em crise; xinga escreve rápido como um raio e finalmente dorme e ela espia vampiresca, amanhã volto...Já nem sabemos se sugamos a poesia ou ela nos suga, seguimos sua aragem perfumada. Mas que praga! Não encontramos nada: só um fantasma num frasco com jasmim. Fiz agora. Salve. Muitas palmas pra mim”.
O poeta existe para a sua poesia:
a ela, se torce, retorce, dá sua seiva.
Se, a outrem, apresentar-se eiva,
uma nova entrega. Relê, revê, espia...
Na memória, com ela toda pronta;
no papel, extenua, entra em crise,
feita, às outras, lhe parece reprise,
mistura-se a fantasmas, faz afronta.
Ao declamá-la, recebe os palpites...
__ rima para carmim, não seria jasmim?
__ rimas com ar, espero que evites...
Ele não liga. Segue o ar perfumado,
aos vampiros, está bem acostumado.
Responde sóbrio: __ escrevo para mim...
Oswaldo Genofre
Inspirado no seguinte texto de Marlene Vieira Perez:
“O poeta ama a poesia, um fantasma que desce, dá a seiva e sobe e você sorve suga se extenua entra em crise; xinga escreve rápido como um raio e finalmente dorme e ela espia vampiresca, amanhã volto...Já nem sabemos se sugamos a poesia ou ela nos suga, seguimos sua aragem perfumada. Mas que praga! Não encontramos nada: só um fantasma num frasco com jasmim. Fiz agora. Salve. Muitas palmas pra mim”.