Soneto 516 com Marcos Loures


*LUAR


Quanta saudade de ti viu o luar,
Amenas noites antigas de outrora,
Deitada na areia fixando o olhar
Da mente criança em voou afora

Os sonhos desenhados se partiram
Nem fragmentos, rabiscos ou cacos
Para que! Se nos tempos pariram,
Outros ritos de sonhares parcos!

Mas, probo ficaram alguns anseios,
De cultivar amigos nesta hora,
Fazer das letras sestas e recreios.

Chega à noite e volto na lembrança.
Ordeno ao luar : siga sem demora
Levar ao poeta ternura e bonança.

sinianogueira


Luar a quem Catulo Cearense
Poeta fabuloso, magistral
De todos o maior, nosso Mistral
Num canto insuperável, me convence

Da bela e prata dama sertaneja
Desnuda em raro brilho em noite imensa,
Minha alma tendo nela a recompensa
Encontra a maravilha que deseja.

Raríssimo fulgor, sem infortúnio
Tornando a própria vida inebriante,
Eu sigo a clara trilha a cada instante
Bebendo deste nobre plenilúnio

“Branqueja folhas secas pelo chão”
Tomando como deusa esta amplidão...

marcosloures
Sonia Nogueira e Sonia Nogueira e Marcos Loures
Enviado por Sonia Nogueira em 04/02/2010
Reeditado em 23/02/2014
Código do texto: T2069621
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.