MITO
Entre as mulheres todas, a primeira!
O primeiro poema que hei escrito!
Da virtude a verdade verdadeira,
dos amores mortais o mais bonito!
Aquela que esperei a vida inteira
para dizer o que jamais foi dito!
Amada, amante, eterna companheira,
infausta fantasia, amargo mito!
Como as auroras, ela foi começo.
Igual às tardes, logo anoiteceu
e se fez finitude e desapreço.
Meu primeiro poema se perdeu
na primeira mulher, que não esqueço,
no mais bonito amor que me esqueceu.
Odir, de passagem.
Entre as mulheres todas, a primeira!
O primeiro poema que hei escrito!
Da virtude a verdade verdadeira,
dos amores mortais o mais bonito!
Aquela que esperei a vida inteira
para dizer o que jamais foi dito!
Amada, amante, eterna companheira,
infausta fantasia, amargo mito!
Como as auroras, ela foi começo.
Igual às tardes, logo anoiteceu
e se fez finitude e desapreço.
Meu primeiro poema se perdeu
na primeira mulher, que não esqueço,
no mais bonito amor que me esqueceu.
Odir, de passagem.