Sonho eterno
Quero da fina brisa do amplo campo
Os ares puros do amor perseverante
cumplice de velhos reis e teus infantes
às nobres moças que escrevo tanto
Quero que aos teus pés mãe natureza
meus versos cantem velhos amores
de anjos e nuvens, auréolas e cores
e rio reflita teu som de pureza
E eu um dia poeta em poema
No silêncio co'a aurora concorde
O lixo que são meus poemas vazios
Na audácia de amar as letras morfema
E o agouro da alma perene anil
O verso na relva pra sempre me acorde.