OLHOS VULCÂNICOS [CLXXIV]
Os meus olhos nos teus se incendiaram,
tais os sóis, e num átimo, tão quentes;
os teus olhos vulcânicos, ferventes,
uns funis em que os meus já soçobraram.
Dois fanais, lamparinas reluzentes,
os teus olhos, em flama, cativaram
estes meus, andarilhos que aportaram
lá no cais dos albergues permanentes.
Já num porto seguro, os teus oásis,
dois olhinhos de anis, tão buliçosos,
afogados nos meus, bailando ritos.
Sempre que te contemplo, bem me fazes
mil carinhos e mimos tão gostosos,
que os teus olhos se danam mais bonitos.
Fort., 03/02/2010.