Um pequeno devaneio
A escrever me sinto, me lanço,
Vagueio pelas linhas da folha,
E quando paro e faço o balanço,
Mais uma garrafa fica sem rolha,
Não são os afazeres, que me cansam
Nem a vida que me leva, arrasa,
São as atitudes, as fagulhas, uma brasa,
E que á nossa porta não batam,
Meu corpo não acusa cansaço,
Só precisa do seu próprio espaço,
A minha mente viaja passo a passo,
Nas trevas, do destino para uma vida,
Curam-se, esquecem-se, a chaga a ferida,
São mais umas linhas, estou de partida.