ENTRE OS DEDOS
ENTRE OS DEDOS
Escorre da minha vida, o teu amor,
Como areia fina, cai entre os dedos...
Estampo no rosto as dores e medo,
Por não entender a causa do horror...
Fiz-te uma rainha e com todo luxo,
Como todas sonham, dei liberdade...
Tens tudo em mãos para felicidade...
No entanto corres e contra o fluxo...
Excesso de zelo, de amor e mimos,
Podem ser a causa do imenso tédio...
E ainda insistes não haver remédio...
Matas a ilusão, que nós contraímos,
Como se fosse um tipo de presépio...
Criado e gerido, por teu intermédio...
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Obrigado mestre Miguel Jacó por seu excelente comentário, que valoriza ainda mais e dá o sentido final deste soneto, e que Deus lhe retribua devidamente.
Bom dia Jacó Filho, não falta motivos para que haja desequilíbrio dentro das relações estáveis, mais isto se agrava tanto mais quando o querer não tem a devida reciprocidade, é como se você quisesse atravessar um rio de margens distantes carregando alguém que não sabe nadar, e grita o tempo todo não quero morrer, e para piorar a situação a correnteza te empurra para um sentido contrario a outra margem. Então vem a exaustão e você precisa tomar uma decisão, morrer os dois afogados, ou soltar o Carona para que se vire com o rio, e você possa nadar até a margem e salvar sua vida. Excelente soneto. Parabéns. MJ.
Enviado por Miguel Jacó em 03/02/2010 08:37
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Obrigada Isabel Ramos por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso deste soneto, e que Deus lhe retribua devidamente.
Expressivo,sensível e reflexivo o teu sentir...
Quando os corações
Já não batem no mesmo pulsar
É inevitável terminar
Para não sofrer desilisões...
Estava tão emocionante que não resisti... Interagi. Bjsss poéticos amigo Jacó.
Enviado por Isabel Ramos em 04/02/2010 00:31
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