ENTRE OS DEDOS

ENTRE OS DEDOS

Escorre da minha vida, o teu amor,

Como areia fina, cai entre os dedos...

Estampo no rosto as dores e medo,

Por não entender a causa do horror...

Fiz-te uma rainha e com todo luxo,

Como todas sonham, dei liberdade...

Tens tudo em mãos para felicidade...

No entanto corres e contra o fluxo...

Excesso de zelo, de amor e mimos,

Podem ser a causa do imenso tédio...

E ainda insistes não haver remédio...

Matas a ilusão, que nós contraímos,

Como se fosse um tipo de presépio...

Criado e gerido, por teu intermédio...

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

Obrigado mestre Miguel Jacó por seu excelente comentário, que valoriza ainda mais e dá o sentido final deste soneto, e que Deus lhe retribua devidamente.

Bom dia Jacó Filho, não falta motivos para que haja desequilíbrio dentro das relações estáveis, mais isto se agrava tanto mais quando o querer não tem a devida reciprocidade, é como se você quisesse atravessar um rio de margens distantes carregando alguém que não sabe nadar, e grita o tempo todo não quero morrer, e para piorar a situação a correnteza te empurra para um sentido contrario a outra margem. Então vem a exaustão e você precisa tomar uma decisão, morrer os dois afogados, ou soltar o Carona para que se vire com o rio, e você possa nadar até a margem e salvar sua vida. Excelente soneto. Parabéns. MJ.

Enviado por Miguel Jacó em 03/02/2010 08:37

para o texto: ENTRE OS DEDOS (T2066485)

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

Obrigada Isabel Ramos por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso deste soneto, e que Deus lhe retribua devidamente.

Expressivo,sensível e reflexivo o teu sentir...

Quando os corações

Já não batem no mesmo pulsar

É inevitável terminar

Para não sofrer desilisões...

Estava tão emocionante que não resisti... Interagi. Bjsss poéticos amigo Jacó.

Enviado por Isabel Ramos em 04/02/2010 00:31

para o texto: ENTRE OS DEDOS (T2066485)