Soneto de amor e morte

De que vale lucubrar em ti, querida?

Se meus versos encanecem, tudo em vão.

Fenecendo sinto a dor da despedida,

Sem teus beijos, sem carinho, sem perdão.

A empáfia só me fez chorar na lida,

Também trouxe à mim tamanha ingratidão.

Indomável eras tu, hoje meditas

Tu também, feito o meu pobre coração.

Estes versos ofereço-te somente,

E por tudo, juro que te esqueci.

Eis aqui um canto de amor dolente,

Que retrata a paixão que eu vivi.

Tu estás cá no meu peito simplesmente,

Mas te falo: Doravante eu morri.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 02/02/2010
Reeditado em 10/02/2010
Código do texto: T2065520
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