Soneto de amor e morte
De que vale lucubrar em ti, querida?
Se meus versos encanecem, tudo em vão.
Fenecendo sinto a dor da despedida,
Sem teus beijos, sem carinho, sem perdão.
A empáfia só me fez chorar na lida,
Também trouxe à mim tamanha ingratidão.
Indomável eras tu, hoje meditas
Tu também, feito o meu pobre coração.
Estes versos ofereço-te somente,
E por tudo, juro que te esqueci.
Eis aqui um canto de amor dolente,
Que retrata a paixão que eu vivi.
Tu estás cá no meu peito simplesmente,
Mas te falo: Doravante eu morri.