Mulher Aranha
Sharik Letak
Eu sei que ela sempre me enleia
Em seu sorriso e em seus beijos molhados,
E eu a debater-me em sua teia
Mais fico em sua rede enredado!
Enquanto faz de mim a sua ceia,
E faço dela meu manjar sagrado.
E ela vai sugando minha veias
E eu sujo os seios dela, esfaimado.
Nas garras dessa audaz Mulher-Aranha
Meu corpo se agita e se assanha,
Qual folha a bailar, ao vento, ao léu!
Os dois em uma divinal barganha,
No topo de nossa ígnea montanha,
Em êxtase, alcançamos o céu!
São Paulo (SP), 01 de Janeiro de 2010.