Errante

Por que tu segues? Segues em tormento

E desse peso e mágoa se matando?

E com as lágrimas se acostumando?

Por que não passas brando como o vento?

Aonde leva essa tua caminhada?

Por que não ficas uma vez na vida?

E vê se ao menos cura essa ferida

Que te causou a vã e torta estrada

Chega de errar, cigano, em todo cais!

Se as veredas que teus pés correram

Levaram-te à armadilha onde estás

Se não fugires, calar-se-á chorando

Como soldados que a marchar nasceram,

E, sem viver, hão de morrer marchando

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 01/02/2010
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