A CHEGADA DA NOITE

Vespertinamente o dia se vai

No aconchego do meu sossego

Tento acalentar a solidão

A noite é triste e prolongada.

No silencio da noite

Vou silenciando meu respiro

Pelas questões mal resolvidas

Que seguirão por longo noitão.

Ainda bem que na chegada da noite

O vaga-lume faz companhia

Afasta o desvario do pensamento

Sem precisar usar o seu lume.

Com o pensamento no desvio

O sofrimento da noite abranda

Enquanto continuar a insônia

A expectativa sempre aumenta.

Mas se a noite for agradável

Não tem vaga-lume

Não tem pensamento.

Se não houver solidão

Também não haverá presunção

Não haverá insonolência.