MOINHOS SEM ÁGUA
Meu mundo se resume no olhar em direção ao vento
Estive desatento para as coisas da vida
Minha carta de alforria ainda não foi redigida
E vasculho as imagens nas paredes para me soltar
Entre meus escombros estão os retratos
Que ficaram perdidos na nuvem de fumaça
Que limitava meus olhos no anoitecer
Para ofuscar a noite que deveria ter sido vivida
Nada mudou de lugar nesse tempo
Os ventos não rodaram os moinhos
E os passos na areia desapareceram
Talvez eu não tenha sido carregado no colo
Mas se houvesse pelo menos a esperança de partir
Iria tentar sorrir no vento que ainda me resta
Meu mundo se resume no olhar em direção ao vento
Estive desatento para as coisas da vida
Minha carta de alforria ainda não foi redigida
E vasculho as imagens nas paredes para me soltar
Entre meus escombros estão os retratos
Que ficaram perdidos na nuvem de fumaça
Que limitava meus olhos no anoitecer
Para ofuscar a noite que deveria ter sido vivida
Nada mudou de lugar nesse tempo
Os ventos não rodaram os moinhos
E os passos na areia desapareceram
Talvez eu não tenha sido carregado no colo
Mas se houvesse pelo menos a esperança de partir
Iria tentar sorrir no vento que ainda me resta