ESTRELA SOLITÁRIA [CLXXII]

Eu sou aquela estrela solitária,

que, às madrugadas, pisca e tanto luz,

a carregar da solidão a cruz

– estrela, no infinito, perdulária.

Só o Astro Rei, de dia, tal reluz,

perdido na grandeza planetária;

mas minha estrela, a tudo solidária,

vai estreitar-te bem nuns braços nus.

Eu sou aquela solitária estrela,

no firmamento, sempre te ninando

e que tu vês, daí, para entretê-la.

Dos altos cimos, cá, do meu nonsense,

anos-luz dos distantes vaus do quando,

eu mais te amo e sou botafoguense.

Fort., 31/01/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 31/01/2010
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