INVASÃO
(Ester Farias de Oliveira)

Perseguem a alma nela penetrando,
As correntes desta energia em rios,
Soterrando tudo e as cores alagando,
Visões de sulcos e recantos vazios.

Adentrando salas, casas e museus.
Devassam ainda pinturas antigas.
Destruindo os troféus dos judeus.
Que não eram deles tampouco meus.

Não mais jardins, agora desertos.
Restando esses bens abandonados.
Movimentando os sentidos incertos.

Lágrimas escorrem bem devagarinho.
Brotariam ainda olhos apaixonados?
Arco íris voltando no mesmo caminho.
(efo)