Soneto das Sombras
Vejo sempre flores no que há, beijo
Treva púrpura da morte tão obscura
A vi tão triste lúgubre figura
Moça do ártico temível lampejo.
Temporal escuridão vil não vejo
Marmórea Pitonisa clara jura
Volátil e taciturna mistura
De candura e sofrer baixo cortejo.
Enfeite funéreo de flores negras
Daquelas sombras cálidas com lágrimas
Horrendas de um choro de fiel lástima.
Padecer num sofrimento sem regras
Horas do ser taciturno, pelagras...
De algum linear obscuro nas últimas.
Herr Doktor