Soneto das Sombras

Vejo sempre flores no que há, beijo

Treva púrpura da morte tão obscura

A vi tão triste lúgubre figura

Moça do ártico temível lampejo.

Temporal escuridão vil não vejo

Marmórea Pitonisa clara jura

Volátil e taciturna mistura

De candura e sofrer baixo cortejo.

Enfeite funéreo de flores negras

Daquelas sombras cálidas com lágrimas

Horrendas de um choro de fiel lástima.

Padecer num sofrimento sem regras

Horas do ser taciturno, pelagras...

De algum linear obscuro nas últimas.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 31/07/2006
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T206128
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