COLCHA DE RETALHOS
Teço, como quem tece colcha de retalhos,
Unindo cada imagem dos sonhos que tenho;
E ainda os enfeito com alguns penduricalhos.
(Para que sejam versos melhores, me empenho).
Pinto-os com cores de diversos matizes,
Para que aos olhos cheguem sempre com graça
E venham a ser, assim, como cicatrizes,
Marcas indeléveis nesse tempo que passa.
Quando mais tarde lançar os olhos, saudoso,
Por entre as frases que deixo nesses meus versos,
Quero sentir de novo o que senti um dia
E poder desfrutar novamente esse gozo,
A lembrança feliz de momentos diversos;
Retalhos de sonho, vivência, fantasia.
Frederico Salvo
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