*NO BANCO DO JARDIM
Sentei esperando a noite chegar,
O sol numa visão e companhia,
Escondia-se, encantava o sonhar,
A noite quase fria fez moradia.
As flores meninas não sorriam,
Uni-me a elas como lembrança,
Revendo as horas que corriam
Os segundos fazendo festança.
De repente num sopro da brisa.
A chuva fina roçou meu pensar,
Tudo caminha à moda guisa.
No rosto molhado a pele sorria
Como é linda a natureza, o luar!
Pensei no sudeste de noites frias
sonianogueira
Ouvindo a voz do vento nos umbrais
Clamando como fosse alguém em dor,
Num rito muitas vezes qual louvor
A sorte se mostrando: nunca mais...
Pudesse mergulhar pelos astrais
Tivesse esta altivez; feito condor
Abrisse esta janela ao bem do amor,
Quem sabe neste instante dos venais
E parcos descaminhos, lenitivo
Mantendo ainda o sonho, sobrevivo
E teimo contras as forças da Natura.
Aonde poderia crer possível
O encanto que deveras sendo crível
Eterna e docemente se procura...
marcosloures
Sentei esperando a noite chegar,
O sol numa visão e companhia,
Escondia-se, encantava o sonhar,
A noite quase fria fez moradia.
As flores meninas não sorriam,
Uni-me a elas como lembrança,
Revendo as horas que corriam
Os segundos fazendo festança.
De repente num sopro da brisa.
A chuva fina roçou meu pensar,
Tudo caminha à moda guisa.
No rosto molhado a pele sorria
Como é linda a natureza, o luar!
Pensei no sudeste de noites frias
sonianogueira
Ouvindo a voz do vento nos umbrais
Clamando como fosse alguém em dor,
Num rito muitas vezes qual louvor
A sorte se mostrando: nunca mais...
Pudesse mergulhar pelos astrais
Tivesse esta altivez; feito condor
Abrisse esta janela ao bem do amor,
Quem sabe neste instante dos venais
E parcos descaminhos, lenitivo
Mantendo ainda o sonho, sobrevivo
E teimo contras as forças da Natura.
Aonde poderia crer possível
O encanto que deveras sendo crível
Eterna e docemente se procura...
marcosloures