Rios d'alma
Sempre dos olhos as lágrimas perdidas,
Na inocente alma de luz postulada,
Que ao rosto desce como rios da madrugada,
E o sonho dos poetas; são mares de feridas.
Não que o amor sempre seja malfeitor,
Nem que seu dono do poeta tenha dores,
As veias da paixão dos amantes sem amores,
No silêncio descansa em lágrima tua dor.
Já que os rios do sofrimento não tem alma,
Por que chorar de amor em peito são?
Se amar é viver do contemplar o inexplicável,
Morre o amor! E o poeta que espalha solidão,
Não sei se o ardor do coração sombrio acalma,
A vida do amante... num conto inadiável.