B U S C A

BUSCA

Quando eu quero (na estrada sigo pelo faro)

o bem que almejo com a força da minh’alma.

Caminho leve, com muita cautela e calma.

Na vereda andada busco esse bem tão raro.

Perscruto a mente; leio da memória a palma.

Nos ínfimos sinais que me darão amparo;

no peculiar cheiro; no pelo liso e flavo,

hei de encontrar teu passo que no chão se espalma.

Por que, então, se sempre dediquei amizade;

te cobri de mimos; dei solidariedade?

Donde foi que tiraste essa infeliz ideia?

Por que, pós o convívio de tanto tempo

sumiste, como que soprada pelo vento,

alegre e pequenina cachorrinha “deia”?

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 30/01/2010
Código do texto: T2059353
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