Seres multiformes
Cai a noite. O luar cobre a terra,
com sua luz. Esse brilho cintilante,
ilumina a dor que no peito encerra
deste sonho, agora já agonizante...
Entes da noite, seres multiformes,
como serpentes, lançam venenos,
suas labaredas de fogo, enormes,
presos ao peito, em atos obscenos...
O sangue ferve por entre as veias;
como um mar hostil, sublime luxuria,
espaços já cobertos por longas teias...
Delineando o espaço em meneios,
o corpo tomba, desaparece a alegria.
Na noite, aumentam mais os anseios...
Oswaldo Genofre