EU, 'VOYEUR' [CLXX]
(Para a moça à cama reclinada)
Pelas frinchas sutis dos teus umbrais,
as tão rosáceas pétalas da pele...
De ti, alguns pedaços teus, inéditos,
no mural das estéticas explícitas.
Sob a plumagem dos teus dedos níveos,
o globo vasto e lindo e sensual
das pernas/coxas, teus azuis gentis
– e, lince, o meu olhar, em ti, ‘voyeur’.
Pois lúbricos, famélicos, meus olhos
apenas te cavoucam entre a cútis,
limbo da tua astral sensualidade.
Esplendorosa, és... E, horizontal,
ondulas-te no ritmo das intensas
teias das nossas volições comuns.
Fort., 29/01/2010.