Os bons ventos do sertão
Aqui onde moro é longe do mundo
Mas sempre o vento corre favorável
Entre os galhos içando a voz amável
Colhendo os frutos prontos, num segundo
Os olhos das mocinhas à janela
Tais retratos duma florida tela
Relembram de namoros ao portão
Quando do pai se tinha permissão
O chão, as casas, as pracinhas com flores
Onde os velhos contam de seus amores
Pincelam em mim uma tinta amada
E em meus olhos não caminha mais nada
Já tenho um céu azul, um branco luar
E um bem querer no peito para amar