Sem subscrito
O soneto escrito, tanto enfeitado,
canta teu corpo, rosto, teus braços,
sobra, inútil, na gaveta guardado,
apenas pela falta dos últimos traços...
Nova tentativa (sei que não devo!),
mesmo que para tudo, seja sincero,
sem encontrar o mote, não escrevo.
Novamente, na gaveta, eu espero...
Se, ao menos, soubesse o teu nome,
na certa, com estes versos subscritos,
não mais existiria uma noite insone...
Teu vulto não saindo da lembrança,
gera, mais e mais, os tantos conflitos,
que, o poema, de ti, é a única fiança...