Ocaso - (dois finais distintos)
Ocaso
O tempo, o meu próximo perigo,
velhaco, passa sutil e lentamente,
trazendo, impune, todo um castigo,
ao levar, tão rápido, este presente...
Não há mágoa. Apenas, bendigo,
todos os momentos, as quimeras mil,
por mais difíceis que tenham sido,
em nada, esta vida, me foi hostil...
Momentos bons sobram na medida,
entre o irreparável, e uma “nova vida”,
ao fingir para tudo que lhe for tosco...
Sobrará na memória, sempre digo,
da vida, o que foi bom e lhe foi abrigo,
quando, irremediável for, o sol posto.
ou,
dos males, rolam-se as barganhas,
com as alquimias, sua moeda forte,
na sutileza para as novas façanhas...
Oswaldo Genofre