Soneto 511 com Marcos Loures
*NAS TARDES FRIAS
Quando o vento sopra em temporal,
A alma quase infanta se aconchega,
Correndo vai olhar junto ao umbral
Se a lua foi embora, a luz sonega.
O Céu vai inspirando com a saudade,
Ao longe noutro canto do planeta,
Mora um poeta em um canto abade,
Retrai-se, volta no encanto dialeta.
A chuva está assim beijando a terra
Suave, esperando o anoitecer,
Dançando no telhado e lá na serra.
O frio pede abraço e aconchego,
Silêncio e uivo até o amanhecer,
Poema vai seguindo no sossego.
sonianogueira
O verso que é reverso da medalha
Inversas emoções, frio e calor,
No quanto a poesia trama a dor,
Ao mesmo tempo em paz, ela batalha.
E sei que quando afio esta navalha
Olhando para o tal retrovisor,
No quadro tenho muito o que compor,
A métrica por vezes me atrapalha.
Sossego que procuro no teu colo,
E quando em tempestades eu assolo
Talvez seja querendo a perfeição.
Sem ter algemas faço o meu poema,
Não vejo no rimar qualquer problema,
Apenas obedeço ao coração...
marcosloures
*NAS TARDES FRIAS
Quando o vento sopra em temporal,
A alma quase infanta se aconchega,
Correndo vai olhar junto ao umbral
Se a lua foi embora, a luz sonega.
O Céu vai inspirando com a saudade,
Ao longe noutro canto do planeta,
Mora um poeta em um canto abade,
Retrai-se, volta no encanto dialeta.
A chuva está assim beijando a terra
Suave, esperando o anoitecer,
Dançando no telhado e lá na serra.
O frio pede abraço e aconchego,
Silêncio e uivo até o amanhecer,
Poema vai seguindo no sossego.
sonianogueira
O verso que é reverso da medalha
Inversas emoções, frio e calor,
No quanto a poesia trama a dor,
Ao mesmo tempo em paz, ela batalha.
E sei que quando afio esta navalha
Olhando para o tal retrovisor,
No quadro tenho muito o que compor,
A métrica por vezes me atrapalha.
Sossego que procuro no teu colo,
E quando em tempestades eu assolo
Talvez seja querendo a perfeição.
Sem ter algemas faço o meu poema,
Não vejo no rimar qualquer problema,
Apenas obedeço ao coração...
marcosloures