Tão humanos, tão efêmeros
Desmentir, pra quê? Há tantos motivos
Somos alegres assim, mentirosos
Cultivamos a vida em negros lençóis, receosos
Contudo, achamos a vida mais atrativa, cheia de viço
Não mentir, pra quê? Há tantas maneiras
Amamos indiferentes à noção da verdade
Amamos cruelmente, na violência da vaidade
Amamos tão cínicos, e o resto é besteira
Chegou a hora de ser verdadeiro, senhorita?
Precisamos mesmo de um conjunto a mais?
Não bastam a rotina dos encontros, o cenário, a bebida, as marmitas?
Por que não continuar na mentira, doce amada?!
É que somos tão humanos para aceitar nossa dor
É que somos tão efêmeros para ser obra comentada !