Afogado
Como palhaço que, ao riso mente,
(talvez a verdade, nunca se conte),
jorra o poeta, o seu sangue quente,
para o amor, a sua mais bela fonte...
Nas aventuras descritas, afogado,
em cada verso, pérolas e diamantes,
célere, já em outro a ser trabalhado,
tornando-o, das noites, um viajante...
Nas emoções, sonhos, maravilhas,
na elegância das palavras, ventura,
não por mero acaso; sobra postura...
Envolto nas brumas das redondilhas,
em cada uma delas, a sua saudade,
mas, em nenhuma... dita a verdade...
Oswaldo Genofre