Soneto Venerável
Canta a arte primordial
de estrada a estrada canta
e forja a espada para a luta
poetas, trovadores, boêmios
A plebe louva a emoção retratada
segue crispando de loucura
e se fere, se corta, se machuca
espargindo sangue e se purificando
E na praça, no altar, a estátua
flamejante guerreiro de bronze
auréolo emoldurado - um santo -
Ês o povo de joelhos a louvar
diante do seu inete e colossal
poeta de pena, espada, capa, a eternizar.