Dantesco
Observei os lados da face, em silêncio...
Metamorfoseou-se a larva no escuro,
sofri o líquido letal e seguro,
a serpe matou o poeta, em silêncio!
Sugaram-me vampiros, em silêncio!
Escrevi com um veneno obscuro,
lascivo, beijei o genital puro!
Um tentáculo quebrou o silêncio...
O sangue jorrou na solitária,
sou vegetal queimado na fornalha,
folheei fotos sensuais, mas sou cego!
Sou dez por cento da overdose,
sem consciência, meu corpo não se move,
mudo de dimensão... estou cadavérico!
Ribeirão Preto, 27 de março de 2004.
21h21 min.
Observei os lados da face, em silêncio...
Metamorfoseou-se a larva no escuro,
sofri o líquido letal e seguro,
a serpe matou o poeta, em silêncio!
Sugaram-me vampiros, em silêncio!
Escrevi com um veneno obscuro,
lascivo, beijei o genital puro!
Um tentáculo quebrou o silêncio...
O sangue jorrou na solitária,
sou vegetal queimado na fornalha,
folheei fotos sensuais, mas sou cego!
Sou dez por cento da overdose,
sem consciência, meu corpo não se move,
mudo de dimensão... estou cadavérico!
Ribeirão Preto, 27 de março de 2004.
21h21 min.