Amores também migram
Para povoar, multiplicar, exercer a fertilidade
Cortam distâncias, e deixam saudade
Tanto se afastam, voam para nidificação
Guardam o tempo, respeitam a estação
Migram os amores, abandonam os sedentários
Levam as alegrias, esvaziam os armários
Amores peregrinos, acompanham circos
Ciganos, que deixam na mão sinais emblemáticos
Amores nômades, inconstantes amores sazonais
Que deixam a presença noticiadas em jornais
Fincam estacas, enquanto lateja a nova atração
Nova primavera se distancia da antiga primavera
É hora de antigos amores, é hora de voltar ele verá
E o amor passado, sabe que da volta terá sido a razão