Amores também migram

Para povoar, multiplicar, exercer a fertilidade

Cortam distâncias, e deixam saudade

Tanto se afastam, voam para nidificação

Guardam o tempo, respeitam a estação

Migram os amores, abandonam os sedentários

Levam as alegrias, esvaziam os armários

Amores peregrinos, acompanham circos

Ciganos, que deixam na mão sinais emblemáticos

Amores nômades, inconstantes amores sazonais

Que deixam a presença noticiadas em jornais

Fincam estacas, enquanto lateja a nova atração

Nova primavera se distancia da antiga primavera

É hora de antigos amores, é hora de voltar ele verá

E o amor passado, sabe que da volta terá sido a razão

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 22/01/2010
Reeditado em 22/01/2010
Código do texto: T2044612
Classificação de conteúdo: seguro