Soneto
Há no meu peito um tufão.
Nas veias rápidas correntes
Que, perniciosas serpentes,
Marulham torpe coração.
Precipitada tez sombria
Liquifaz olhos deslumbrados
Em néctar para o carrasco.
Oh, funesta melancolia!
Em turva água me sufocas
Por ser o mais terno amante
Da senhorita mais formosa.
Outra vez marcharei errante
Por quantas estradas lodosas
Revelarem-se doravante.