Último soneto

Deixo-te aqui o último poema.

O último que componho em sua homenagem.

Um último adeus, um último suspiro,

Que talvez você nunca leia.

Não é porque deixei de te amar,

É porque deixei de sonhar.

Serei mais prático, mais realista; pragmático.

Não quero mais viver Parnasiano.

Não deixarei de pensar em ti

Um dia sequer, e não é uma declaração,

Mas sim um fardo fato.

De tudo que me pesa no peito,

Sem dúvida você é minha

Alva nuvem de megatonelada.

Renann Calazans
Enviado por Renann Calazans em 21/01/2010
Reeditado em 02/03/2023
Código do texto: T2042815
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