DANÇAS DAS MARÉS
Ah! Rio que corre disperso, pro mar
de desilusões perdidas no oceano,
angústias, lamentos e desenganos,
sob céu onde estrelas vivem a vagar...
Nas danças das marés, que vem beijar
areias frias nos embalos noturnos,
nos vales da noite, brados soturnos,
esperando alvorada se anunciar.
E nas manhãs o despontar da aurora,
com sua bagagem banhada de orvalho,
desenham juras de paz nesta hora.
O pranto n’areia não mais acontece...
Fios de esperança pela noite, espalho.
No seio e n’alma, quando enfim anoitece.
Ah! Rio que corre disperso, pro mar
de desilusões perdidas no oceano,
angústias, lamentos e desenganos,
sob céu onde estrelas vivem a vagar...
Nas danças das marés, que vem beijar
areias frias nos embalos noturnos,
nos vales da noite, brados soturnos,
esperando alvorada se anunciar.
E nas manhãs o despontar da aurora,
com sua bagagem banhada de orvalho,
desenham juras de paz nesta hora.
O pranto n’areia não mais acontece...
Fios de esperança pela noite, espalho.
No seio e n’alma, quando enfim anoitece.