Soneto Sobre o Fim da Vida.
O ofício mais normal do mundo é sentir
Um dia parar e relembrar tudo o que viveu
Perceberás que é muito fácil confundir
As datas que em outras vezes esqueceu
Com dificuldade muitas lições aprendeu
A necessidade ensinou de vez em quando a mentir
Muitas vezes desvairado correu
Por medo do que estava a pressentir
Memórias que foram varridas
Deixando muitas lembranças na sorte
As manhãs foram ficando entristecidas
Deixando o coração com um corte
Memórias vão ficando perdidas
As manhãs passam a esperar a morte