Atormentado

Sou um Fausto sem Mefistófeles, Insípido.

Um Macário sem Satã, amargurado

Um coração morto no peito. Lívido,

apodrece o meu rosto despedaçado

Um jovem, vinte e três anos e carcomido

Pela tragédia de um amor no passado

Um cérebro, desesperadamente espremido

Estourará no interior deste crânio malfadado

Redigirei então com o licor da minha mente

Meus últimos versos desgraçados

Lançando sobre o papel uma ultima semente

Dando algum conforto aos outros desesperados

Quando lerem estas palavras, eventualmente

Saberão eles que não são os únicos atormentados

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 17/01/2010
Reeditado em 23/02/2010
Código do texto: T2035139
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.