À moda antiga
Pura, ilibada, o amor à moda antiga.
Teu rosto lindo, lânguido e tão puro,
exatamente aquele que eu procuro,
cantado em minha tão tosca cantiga...
Permita-me, exaltar a tua beleza.
Este pobre coitado, diante dela,
na exuberância do talhe da realeza,
se prostrará para essa flor tão bela...
Como um escultor ante a escultura,
apenas com o toque de minhas mãos,
poderia sentir, dela, a sua textura...
Saiba, minha linda e doce senhora,
que este velho poeta não vê a hora,
de, junto a ti, transbordar emoções...