O Soneto do Retorno
Vendo-o com os olhos e vistas turvas
desfalecer sobre meus braços de aparência lânguida
faz-me brotar um soluçar lacrimoso, insana...
Por perder aquele ser amado às funduras!
Cada gota cai do meu rosto às fulguras
da tez negra do meu desfalecido – santas
e sacrais lagrimas; sinto-me ir em rodopios de dança
Inerte e ébria, como as de cerimoniais dulcidas...
...e vejo, um luzir d’o seu corpo
Por sair e cingir todo o lugar.
Mas como? Só eu pressinto este adejar
sóbrio e lindo? – Voltei a ti em outro.
Voltamos não apenas ao nosso amor tolo
E sim, Àquele do alto a sempre nos verdadeiramente
amar
A Deus, ao Infinito!