Soneto ao carnaval de Olinda e Recife

Olinda e Recife, teu carnaval

Ferve-me o sangue, causa arrepio

Embala-me com o povo em doce desvario

de uma embriaguez que não faz mal

Faz-me todo ano um pierrô vadio

Só mais um dentre a multidão sem igual

Apaixonado por esta cultura imortal

Da qual provo e nunca me sacio

E na quarta feira, morre ao amanhecer

o Pierrô deixando uma lágrima escorrer

Dos olhos para as ladeiras seculares

E a multidão retorna aos seus lares

Desfazendo-se dos sonhos com saudades

De um carnaval que nunca vai morrer

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 16/01/2010
Reeditado em 16/01/2010
Código do texto: T2033184
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