CIÚME... em soneto!
CIÚME (soneto)
Um vazio que em seu tudo é completo
Vem repleto da ausência que carrega
E se apega ao que virá por certo
Do incerto horizonte que o amor lega
Essa angústia no peito hoje aperto
Por despeito das vestes que a ti pega
Já de longe a desejo cá bem perto
No enredo da cilada que me cega
Lobo artilhado lanço-me ao combate
Em libertária lide da certeza;
Duelar até que a franqueza, destarte,
Estraçalhe os destroços da fraqueza
Mediante a incerteza que há no ciúme
Inócuo insistir dar-me ao queixume