Afogado

Como palhaço que ao riso mente,

(talvez a verdade, nunca se conte),

jorra o poeta, o seu sangue quente,

para o amor, a sua mais bela fonte...

Nas aventuras descritas, afogado,

em cada verso, pérolas e diamantes,

célere, já em outro a ser trabalhado,

tornando-o, das noites, um viajante...

Nas emoções, sonhos, maravilhas,

na elegância das palavras, ventura,

não por mero acaso; sobra postura...

Envolto nas brumas das redondilhas,

em cada uma delas, a sua saudade;

mas, em nenhuma... dita a verdade...

Oswaldo Genofre

Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 15/01/2010
Reeditado em 12/04/2010
Código do texto: T2031033
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