Novo dia
Bebi o torpor do cálice da morte
Sequei a última lágrima num lenço
Despeço-me do amor que foi pretenso
Agora voa ao vento à própria sorte
Cessou-se o coração que batia forte
Confundido por um beijo louco e intenso
Fez-me escalar um céu celeste imenso
Quero que teu formoso cais me aporte
Correr por manso prado florescente
E me aspergir sereno pelos céus
E viver minha vida desprendido
Do desejo de te amar tão desmedido
E as nuvens formarão formosos véus
Onde nós luziremos ousadamente...