O PECADOR

Levemente dissipa o coração

Da pureza encoberto em castidade.

Foi-se no ar Serafim sem remissão

Dos pecados de ser felicidade.

Anjo puro em demônio transformado

Pela paixão em fúria arrebatada

Maculando seu casto ser alado

Que foi lá no Céu alma imaculada.

Hoje, na Terra, bebe dos prazeres

Carnais, em um cálice profano

Feito de sexo, orgias, bacanais

Com sedutoras deusas infernais.

Como demônio, queima, no tirano

País dos usurpadores dos quereres.

(Alexandre Tambelli, São Paulo, 22 abril de 2004 - 21:25)

Alexandre Tambelli
Enviado por Alexandre Tambelli em 26/07/2006
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