Consciencia agonizante
Esbarrei certa, com uma diaba velha
Decompunha-se agonizante e carcomida
Já quase não queimava-lhe a centelha
Que nos mantém presos a esta vida
Como se arremessasse uma pedra em uma telha
Rogou-me uma praga aquela desaurida
Sua voz, como o zumbido irritante de uma abelha
Estilhaçou minha mente distraída
E naquele momento, um lapso de cognição
De forma talvez inexplicável pela ciência
Perdi completamente a orientação
Pois percebi, depois de grande tempo de ausência
Que a velha em que havia pisado por distração
Era apenas um reflexo de minha consciência