Consciencia agonizante

Esbarrei certa, com uma diaba velha

Decompunha-se agonizante e carcomida

Já quase não queimava-lhe a centelha

Que nos mantém presos a esta vida

Como se arremessasse uma pedra em uma telha

Rogou-me uma praga aquela desaurida

Sua voz, como o zumbido irritante de uma abelha

Estilhaçou minha mente distraída

E naquele momento, um lapso de cognição

De forma talvez inexplicável pela ciência

Perdi completamente a orientação

Pois percebi, depois de grande tempo de ausência

Que a velha em que havia pisado por distração

Era apenas um reflexo de minha consciência

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 13/01/2010
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