Abandono (2ª versão)
Vivendo só, triste e desesperada
Em um labirinto de amor naufraga;
E infeliz, ao céu solta uma praga...
O seu desejo é carne abandonada.
Na ânsia de entrega deliberada
Faz dos cetins e rendas sua saga;
No corpo com a aparência de maga
Habita agora uma alma destroçada.
E na longa espera vai debitando
A retalho, prazeres aqui e além
Corpo feito, o colo d’alguém buscando.
Sua procura, um constante vaivém
Seu corpo gingando, seu corpo arfando
No périplo amoroso se entretém.
Escrito em 26/07/2006
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In ”SENSUALidade 1” 1ª versão
In ”Sonetando” 2ª versão
Modocromia Edições